terça-feira, 14 de julho de 2020

As Atrocidades do Capitalismo no Congo e Moçambique: um pequeno olhar nos impostos de palhotas e apresamento.



O processo de expansão imperialista Europeia foi responsável por significativas mudanças no modo de ocupação, trabalho e vivencia no meio social do território Africano. Cada investida da empresa capitalista teve uma forma de abrangência, e por sinal, consequências drásticas. A conferencia de Berlin foi o momento crucial que definiu os rumos que seriam tomados no continente Africano. Esse fato pode ser assim exposto devido tal conferência ser responsável pela divisão territorial da África. Nesse sentido, os estados influentes que faziam parte do império Europeu se apropriaram de forma indébita de determinadas região, os territórios em questão se tratam do Congo e Moçambique. Vale frizar que esses acontecimentos na Africa se deu via companhia majestáticas, que segundo o professor João Alberto (2014) os reinados não tinham recursos suficientes para investir na exploração colonial e foram instituídos essas companhias que eram compostas por capital privado. Segundo professor João Alberto, o Congo no momento do colonialismo Europeu não se originou como colônia da Bélgica más sim da propriedade do rei Leopoldo II em 1885. A conquista desse território se deu com o consentimento dos chefes de tribos que ali residiam, um arranjo que se deu via força armada letal e algumas bugigangas tais como bebidas alcoólicas, panos e outros objetos. A população congolesa foi duramente massacrada, tendo suas plantações de alimentos pilhadas por soldados da empresa capitalista que ali se instalara. Foram submetidos a trabalhos forçados na colheita da matéria prima da borracha, esse sistema era chamado de imposto de apresamento, onde os soldados prendiam um ente familiar e esse só era liberado depois que o chefe ou responsável pela família colhesse uma certa quantia de matéria prima, algo aterrorizante, devido a forma de tratamento que era submetido os congoleses. Moçambique, assim como o Congo, também foi alvo das atrocidades do imperialismo Europeu. A finalidade nas investidas das empresas capitalista tinha como intuito a sua soberania na expropriação de bens que o território Africano dispunha. Não muito diferente do Congo, Moçambique também foi submetida a cobrança tributária , aqui se predominou o imposto de palhotas, que era um imposto anual que todas as cabanas aborígenas tinha que pagar. A principio era exigido gênero no valor correspondente a dívida, depois de certo tempo esse tributo só podia ser pago em dinheiro. Quando os moradores não conseguiam pagar o tributo, era submetido a trabalhos para saldar sua dívida com a empresa. Algo não muito diferente do apresamento no Congo. É de extrema importância o entendimento histórico da origem da riqueza que as grandes empresas capitalistas na atualidade detém. Outro ponto preponderante é entender qual a relação que essa riqueza tem com a miséria socioeconômica que partes do povo Africano vive na atualidade. As guerras e conflitos étnicos são surgiram do acaso em território Africano. A Expansão imperialista Europeia conseguiu aglutinar riquezas aos Europeus, os gigantes que detém o domínio de mercado econômico atualmente no sistema capitalista mundial tem ligação com as empresas que atuaram na expropriação do território Africano entre os anos de 1885 e 1920.




Ronaldo Pinheiro
Goiás, 08 Fevereiro de 2015

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