As Atrocidades do Capitalismo no Congo e Moçambique: um pequeno olhar nos
impostos de palhotas e apresamento.
O processo de expansão imperialista Europeia
foi responsável por significativas mudanças no modo de ocupação, trabalho e
vivencia no meio social do território Africano. Cada investida da empresa
capitalista teve uma forma de abrangência, e por sinal, consequências drásticas.
A conferencia de Berlin foi o momento crucial que definiu os rumos que seriam
tomados no continente Africano. Esse fato pode ser assim exposto devido tal
conferência ser responsável pela divisão territorial da África. Nesse sentido,
os estados influentes que faziam parte do império Europeu se apropriaram de
forma indébita de determinadas região, os territórios em questão se tratam do
Congo e Moçambique. Vale frizar que esses acontecimentos na Africa se deu via
companhia majestáticas, que segundo o professor João Alberto (2014) os reinados
não tinham recursos suficientes para investir na exploração colonial e foram
instituídos essas companhias que eram compostas por capital privado. Segundo
professor João Alberto, o Congo no momento do colonialismo Europeu não se
originou como colônia da Bélgica más sim da propriedade do rei Leopoldo II em
1885. A conquista desse território se deu com o consentimento dos chefes de
tribos que ali residiam, um arranjo que se deu via força armada letal e algumas
bugigangas tais como bebidas alcoólicas, panos e outros objetos. A população
congolesa foi duramente massacrada, tendo suas plantações de alimentos pilhadas
por soldados da empresa capitalista que ali se instalara. Foram submetidos a
trabalhos forçados na colheita da matéria prima da borracha, esse sistema era
chamado de imposto de apresamento, onde os soldados prendiam um ente familiar e
esse só era liberado depois que o chefe ou responsável pela família colhesse uma
certa quantia de matéria prima, algo aterrorizante, devido a forma de tratamento
que era submetido os congoleses. Moçambique, assim como o Congo, também foi alvo
das atrocidades do imperialismo Europeu. A finalidade nas investidas das
empresas capitalista tinha como intuito a sua soberania na expropriação de bens
que o território Africano dispunha. Não muito diferente do Congo, Moçambique
também foi submetida a cobrança tributária , aqui se predominou o imposto de
palhotas, que era um imposto anual que todas as cabanas aborígenas tinha que
pagar. A principio era exigido gênero no valor correspondente a dívida, depois
de certo tempo esse tributo só podia ser pago em dinheiro. Quando os moradores
não conseguiam pagar o tributo, era submetido a trabalhos para saldar sua dívida
com a empresa. Algo não muito diferente do apresamento no Congo. É de extrema
importância o entendimento histórico da origem da riqueza que as grandes
empresas capitalistas na atualidade detém. Outro ponto preponderante é entender
qual a relação que essa riqueza tem com a miséria socioeconômica que partes do
povo Africano vive na atualidade. As guerras e conflitos étnicos são surgiram do
acaso em território Africano. A Expansão imperialista Europeia conseguiu
aglutinar riquezas aos Europeus, os gigantes que detém o domínio de mercado
econômico atualmente no sistema capitalista mundial tem ligação com as empresas
que atuaram na expropriação do território Africano entre os anos de 1885 e 1920.
Ronaldo Pinheiro
Goiás, 08 Fevereiro de 2015
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